O Panorama de Ameaças da Kaspersky (que analisou dados de janeiro a agosto de 2021 e de janeiro a agosto de 2022) mostra que 2.366 ataques de malware e 110 mensagens fraudentas (phishing) foram bloqueados por minuto na América Latina em 2022, com mais de 1,5 mil apenas no Brasil. As conclusões destacam ainda que a região se tornou um polo importante no cenário de ameaças financeiras no mundo e a pirataria voltou a ser um dos principais vetores de infecção.
O estudo informa que os ciberataques na região tiveram grandes variações durante a pandemia. Inicialmente (entre janeiro e setembro de 2020), houve um aumento de 64% nos bloqueios dos ataques usando malware. Ela foi seguida por uma queda de 39% entre setembro de 2020 e janeiro de 2022 – quando a atividade maliciosa retornou ao nível pré-pandemia. E finalmente, houve um aumento de 30% na comparação de janeiro a maio deste ano. Considerando os oitos primeiros meses de 2022, foram registrados um total de 817 milhões de tentativas de ataques na América Latina, o que representa 2.366 bloqueios por minuto.
Por países, o Brasil se destaca como o que mais sofre ataques de malware, com 1,554 tentativas por minuto ou 65% de todos os bloqueios na região. Em seguida, aparecem México com 298 tentativas por minuto, Peru com 123 ataques bloqueados por minuto, Colômbia com 84 bloqueios/minuto, Equador com 84 tentativas/minuto, Argentina com 30 tentativas/minuto e Chile com 28 tentativas/minuto. Detalhando as 20 principais ameaças que afetam os internautas latinos, a pirataria aparece como uma grande preocupação, ocupando sete posições. Em seguida, aparecem os adware (que mostram propaganda indesejada) nas três primeiras posições.
A América Latina também ganhou importância no cenário global de golpes financeiros (trojans bancários). Enquanto a tendência mundial é de queda desses ataques, na região houve aumento quando comparamos os 127 mil bloqueios registrados em janeiro de 2021 contra os 174 mil de agosto de 2022.
Apesar da popularidade dos programas maliciosos no setor de cibersegurança, a maior ameaça na América Latina é o phishing – mensagens enviadas por e-mail, SMS e – principalmente – por redes sociais e por aplicativos de mensagem como o WhatsApp.
O Panorama de Ameaças da Kaspersky mostra que nos primeiros oito meses de 2022, foram bloqueados 38 milhões de acessos a links fraudulentos – este número representa 75% das tentativas de ataques de phishing em 2021, quando se registrou um total de 52 milhões. Na média, a Kaspersky impede 110 acessos a sites fraudulentos por minuto na região. Novamente, o Brasil é o país mais atacado na América Latina, seguido pelo Equador – ambos estão na lista mundial dos 10 países mais atacados por phishing e ocupam, respectivamente, a 6º e 8º posições. Eles são seguidos por Peru (33º), Colômbia (37º), Chile (48º), Panamá (51º), Guatemala (61º), Paraguai (65º) e México (71º).
Por fim, o estudo mostra quais são os principais interesses dessas mensagens fraudulentas: 27% buscam roubar credenciais de internet/mobile banking, 22% visam a roubar credenciais de redes sociais, 18% roubam credenciais de serviços online (loja online, streamings etc), 9% usam temas de serviços financeiros para roubar senhas e 7% querem dados de pagamentos (cartão de crédito).
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