Todas as organizações precisam de soluções de processamento e armazenamento seguras, confiáveis e de alto desempenho para seus aplicativos e dados.
O que antes era apenas adicionar mais servidores físicos na infraestrutura tornou-se uma equação complexa, que exige atenção com custos, segurança, privacidade, performance e continuidade de serviços.
As principais preocupações dos gestores de TI dentro da empresa envolvem principalmente os seguintes fatores:
- A gestão operacional dos recursos de TI
- O atendimento dos serviços e a continuidade de Negócios
- A privacidade e a segurança dos dados
- A gestão de Custos
Dentro dessa equação, o gerenciamento de TI tem a tarefa de encontrar soluções econômicas para o processamento e armazenamento de dados, que equilibrem as necessidades da organização e a mitigação dos riscos.
A diversidade dos serviços de nuvem, aplicações que exigem ambientes híbridos e o tratamento específico para dados sensíveis abrem possibilidades e ameaças, devem ser ponderadas antes de optar por servidores virtuais ou servidores físicos.
Optar por um servidor físico ou virtual nem sempre é uma escolha simples para muitas organizações, principalmente devido à complexidade de cada operação e aos prós e contras associados.
Abaixo relacionamos os principais pontos que devem ser analisados antes de contratar um serviço de nuvem ou comprar seu novo servidor.
O que é um servidor físico?
Servidor físico é o computador onde são instalados os sistemas operacionais e os softwares que disponibilizam recursos computacionais para usuários de uma organização. Esse conceito geralmente se funde com outros componentes, como os sistemas de armazenamento e sistemas de comunicação.
Apesar de servidores físicos ainda serem populares dentro de pequenas e médias empresas, a chegada da infraestrutura convergente estruturou o sistema de tecnologia da informação (TI), agrupando vários componentes em um único pacote de computação otimizado.
Os componentes de uma infraestrutura convergente podem incluir servidores, dispositivos de armazenamento de dados, equipamentos de rede, sistemas operacionais e softwares para o gerenciamento, automação e orquestração de infraestrutura de TI.
O que é um servidor virtual?
Servidor virtual é um serviço disponibilizado através de tecnologias como a virtualização, prestado por datacenters ou Internet Service Providers (públicos ou privados), que entrega uma área virtual capaz de executar programas, armazenar e processar dados em ambientes terceirizados.
Em outras palavras, é a contratação de uma máquina virtual completa, com sistema operacional, espaço de armazenamento, capacidade de processamento e linhas de comunicação que funcionam dentro de uma infraestrutura de TI e servidores físicos de terceiros.
Servidor virtual ou servidor físico?
A pandemia exigiu que o trabalho de home office fosse intensificado e que milhares de prédios de escritórios fossem abandonados. Nesse tempo, os departamentos de TI trabalharam dobrado para implementar suas VPNs de forma mais efetivas, criar ferramentas para o trabalho remoto enquanto várias empresas buscaram as soluções de nuvem.
As maravilhas da nuvem não perderam seus encantos, mas muitas decisões sobre a mudança de ambiente dos servidores físicos para virtuais estão sendo revertidas quando chega a hora renegociar as bases contratuais com os provedores.
Mesmo que o ISP (Internet Service Provider) que disponibiliza o storage ou servidor virtual tenha preços atraentes e possua um time de engenheiros prontos para ajudar, a maioria dos contratos possui tempo de duração determinado e que exige renegociações.
O maior problema ao contratar um servidor virtual e implementar uma solução baseada em nuvem é transferir a atividade mais importante da empresa para uma estrutura baseada em recursos de terceiros.
Além disso, voltar atrás nessa decisão também causa desconfortos, pois mover servidores físicos para a nuvem gera muito trabalho de aderência, tempo de implantação e o desgaste natural ocasionado por imprevistos.
Assim, optar pela nuvem, seja apenas para deslocar nossos servidores físicos para data centers em regime de colocation ou contratar servidores virtuais são opções que exigem muito cuidado.
Vantagens e desvantagens dos servidores físicos
Os servidores físicos geralmente pertencem, são gerenciados e mantidos pela equipe da empresa. Um servidor físico pode ser instalado localmente, para atender a rede local ou aplicações de nuvem híbridas. Além disso, servidores podem ainda serem instalados nos racks de data centers de terceiros, através do regime de colocation.
Vantagens de comprar um servidor físico
1- Custo: Apesar de exigir um investimento inicial maior, manter a infraestrutura existente faz mais sentido que alugar uma infraestrutura externa para fazer a mesma coisa.
Um servidor virtual nem sempre está preparado para suas aplicações e quase nunca custa menos que seu departamento de TI no longo prazo. Essa afirmação é traduzida em números, principalmente em ambientes altamente informatizados.
Grandes infraestruturas de TI custam caro de manter, mas custam ainda mais caro quando possuem empresas intermediarias (ISPs) cobrando mensalidades e outros serviços.
2- Especialização: Uma equipe de TI com acesso total aos recursos dos servidores e storages, 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias por ano, sempre estão familiarizadas com o ambiente e as aplicações da empresa.
Isso facilita o gerenciamento dos problemas de forma eficiente e mantém as operações de alta demanda ou essenciais aos negócios sempre online, sem depender de equipes generalistas que não conhecem a operação.
3- Privacidade: Enviar dados de projetos importantes para terceiros tira o sono de muito gestor de TI. Terceirizar a responsabilidade de armazenamento de bases de dados, clientes, produtos e fornecedores para grandes datacenters é sempre correr risco de vazamento de informações.
Assim, por questões de governança, muitas empresas globais preferem manter seus dados e aplicativos em suas próprias estruturas, ao invés de correr riscos e aderir a nuvem.
4- Customização: Outra vantagem de usar um servidor físico local é que sua equipe de TI pode personalizar e configurar totalmente o sistema, de acordo com as exigências e requisitos da organização.
Grandes data centers não têm tempo para personalização de serviços. A falta de customização em aplicações específicas pode custar caro, exigindo que sejam criadas soluções híbridas, muitas vezes mais caras que o próprio servidor virtual.
5- Controle: Dentre as principais vantagens de investir em servidores físicos está o controle do processo. Ter total controle sobre a gestão dos computadores, softwares e sistemas de armazenamento traz segurança para o negócio.
Servidores do tipo VPS (Virtual Private Server) nunca entregam o gerenciamento total da plataforma. Na realidade, toda a parte de gerenciamento dos servidores físicos e infraestrutura fica sob responsabilidade de terceiros, que por vezes nem estão no país onde o sistema foi instalado.
Assim, problemas dentro do provedor causados por ineficiência, sabotagem ou erro humano podem afetar diretamente sua empresa e nem sempre essas demandas serão atendidas no tempo que sua empresa precisa.
6- Recuperação de desastres: O tempo de resposta para restabelecer um serviço interrompido pode variar de acordo o tamanho do problema, da equipe envolvida, volume de trabalho do ISP ou do interesse de terceiros.
Já uma equipe local que conhece as operações da empresa e as rotinas de backup sempre consegue tempos de resposta menores para a solução de problemas em servidores físicos próprios do que em serviços de nuvem.
Desvantagens dos servidores físicos:
1- Custo inicial: O custo inicial de comprar de um servidor físico sempre é maior que as mensalidades cobradas por provedores. Investir numa infraestrutura física é sempre mais caro no momento inicial do que alugar um recurso de terceiros.
Porém, dependendo do tempo de uso, as mensalidades superarão em muito qualquer investimento inicial. Empresas e usuários massivos de tecnologia já possuem uma base instalada, que foi otimizada durante anos para entregar o melhor resultado possível.
Outros custos como serviços de manutenção e, no caso de falha de hardware, a substituição de componentes também servem como argumento de vendas para servidores virtuais, porém os servidores físicos estão cada vez mais confiáveis e com melhor nível de SLA.
2- Espaço físico para instalação: Pequenas e médias empresas nem sempre possuem uma estrutura de TI adequada para a instalação de novos servidores locais. Em alguns casos, isso pode ser um problema e demandar grandes investimentos.
Grandes corporações já possuem um departamento de TI organizado, que geralmente foi planejado para receber novos equipamentos necessários a expansões. Além disso, o colocation sempre acaba sendo uma alternativa para a falta de espaço.
3- Desastres, furtos e roubos: Um ponto quase sempre subestimado por administradores de TI é a recuperação de desastres em caso de acidente ou sinistro no local onde os servidores estão instalados. Nem sempre a política de backup é eficiente para manter as operações funcionando.
4- Investimento constante em treinamento: Os custos de manter uma equipe exclusiva e sempre preparada e atualizada para suportar as operações de TI de apenas uma empresa pode ser inviável.
Claro que a terceirização de alguns serviços mínima esse investimento, porém o custo da equipe de um data center que atende milhares de clientes sempre será menor que manter um time de TI completo que gerencia as operações de uma única empresa.
As vantagens e desvantagens dos servidores virtuais
A virtualização é a melhor ferramenta para extrair o uso completo do investimento em TI. Ela permite transformar servidores e sistemas de armazenamento ociosos em sistemas racionais e integrados de computação.
Os servidores virtuais, também conhecidos como servidores VPS, sejam em nuvem ou servidores dedicados próprios, geralmente usam extensivamente essa tecnologia.
Vantagens dos servidores virtuais:
- Menor custo inicial, já que sua empresa não precisa comprar o hardware e o software.
- Flexibilidade na contratação de mais processamento (plataformas escaláveis) ou servidores adicionais
- Assistência especializada para instalação, configuração, manutenção e licenças de software.
- Necessidade reduzida de talentos internos de TI.
Desvantagens dos servidores virtuais:
- Custos mensais recorrentes mais altos, em oposição a um investimento inicial.
- Possíveis problemas de compatibilidade com as aplicações personalizadas.
- Falta de flexibilidade contratual, limitando alterações em pequenos incrementos
- Mudança dos acordos de nível de serviço (SLAs) sem aviso prévio em renegociações.
- Falta de controle da plataforma. Seu servidor físico e dos aplicativos executados nele são mais flexíveis.
Qual a melhor solução: Um servidor físico ou virtual?
À medida que o mundo avança em direção à nuvem, a maioria dos aplicativos de larga escala são adaptados para esse tipo de plataforma.
Empresas que tem a sorte de não depender de grandes customizações ou softwares próprios podem pagar a aposta e migrar suas aplicações diretamente para o ambiente cloud.
Claro que essa decisão nem sempre se mostra acertada, principalmente em ambientes onde diversas aplicações departamentais foram implantadas.
Apesar de grande popularidade entre as grandes corporações, a virtualização ainda é um luxo que apenas poucas empresas em crescimento podem pagar.
Como a virtualização é a ferramenta exigida para impulsionar o uso em larga escala de servidores virtuais, o custo elevado de implantação e manutenção acaba inibindo muitas empresas SMB para a adoção da tecnologia.
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